A inseminação artificial (IA) é a biotecnia da reprodução mais utilizada nas espécies de animais domésticos. O uso dessa técnica na reprodução avícola tem possibilitado a rápida disseminação do material genético de machos superiores para um elevado número de fêmeas. Os primeiros estudos com IA em aves iniciaram a mais de um século com Ivanoff, na Rússia, sendo considerado pioneiro, após obter ovos férteis de galinhas usando sêmen coletado do canal deferente de galos. Posteriormente, Burrows e Quinn desenvolveram a técnica de massagem lombo-sacral para a coleta de sêmen, a qual é utilizada até os dias atuais. No entanto, a IA só deslanchou a partir do momento em que as aves passaram dos sistemas de criação extensivo para o intensivo, quando saíram do chão para gaiolas suspensas, principalmente em aves de postura, permitindo maior controle e otimização das inseminações. Mas foi a partir da década de 50 que a IA passou a ser utilizada na avicultura comercial, inicialmente em Israel e na Austrália, seguido por Estados Unidos e por outros países como o Brasil. A viabilidade técnico-econômica da utilização da IA, como método reprodutivo em aves, já está comprovada por diversos trabalhos publicados na literatura nacional e internacional, em diversas espécies. No Brasil, apesar da tecnologia da IA em aves ser pouco difundida, algumas atividades, vem sendo desenvolvidas no campo experimental e na rotina da reprodução avícola de empresas privadas, criadores particulares “hobby” e algumas Universidades, mas com uma aplicação bem aquém daquela realizada para outras espécies.