Anderson Bruno Anacleto de Andrade, Revista Brasileira de Educação e Saúde, 3(10), p. 171-176, 2020
DOI: 10.18378/rebes.v10i3.8146
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Objetivo: descrever a experiência de um projeto de extensão que utiliza oficinas de PS como ferramenta de educação em saúde direcionado ao ensino de PS a estudantes de ensino médio. Assim, acadêmicos de medicina desenvolveram oficinas dirigidas a estudantes de ensino médio de escolas públicas da cidade de Boa Vista, Roraima. O processo educativo foi divido em quatro etapas: I- exposição das situações mais frequentes de PS; II- avaliação prévia dos conhecimentos dos participantes com perguntas relacionadas a situações de PS; III- exposição teórico-prática das técnicas e condutas em situações de PS; IV- avaliação da compreensão e reprodução das técnicas trabalhadas. Percebeu-se despreparo da população frente às emergências: condutas expostas, majoritariamente, basearam-se erroneamente na crença popular, sem respaldo científico. Todavia, participantes correlacionaram experiências prévias, permutaram conhecimentos e expuseram argumentos, conforme os princípios horizontais dessa intervenção teórico-prática. Houve grande interesse nas práticas, contribuindo para uma participação exitosa dos integrantes que demonstraram aprender conhecimentos confirmados após comparação dos pré e pós-testes, portando-se adequadamente diante emergências. Conclui-se que os estudantes de ensino médio trabalhados em Boa Vista carecem de noções básicas e de intervenções de ensino de PS, porém, há interesse desse público nessa temática que, quando trabalhadas com metodologias teórico-práticas horizontais e interativas, permitem que as noções básicas em PS sejam aprendidas de modo efetivo. Experiências como essa, escassas no estado de Roraima, podem contribuir como incentivos para outras universidades, principalmente no Norte do Brasil, para o desenvolvimento de projetos de extensão similares, fortalecendo, assim, o papel social das universidades.