Universidade do Vale do Paraíba, Revista UniVap, 62(29), 2023
DOI: 10.18066/revistaunivap.v29i62.4374
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Câncer de mama, o mais incidente no mundo depois do câncer de pulmão, é o que mais atinge as mulheres em todo o planeta. O presente trabalho propôs investigar como também avaliar a adequação às diretrizes nacionais e a qualidade do rastreamento mamográfico no estado do Piauí. Trata-se de um estudo descritivo realizado a partir dos dados secundários do Sistema de Informação do Câncer e do Sistema de Informação Ambulatorial do Sistema Único de Saúde, de 2016 a 2019. O Piauí foi o estado do Nordeste que mais amplificou a produção de mamografias chegando a um aumento percentual de 4.146,11%. Houve predomínio de mamografias de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos, público-alvo do rastreio do câncer de mama. O número de exames realizados anualmente ultrapassou a periodicidade bienal. As mamografias de rastreamento com realização em até 30 dias superaram as mamografias diagnósticas em todo o período do estudo. Os exames com resultado em até 30 dias apresentaram percentuais maiores para mamografias diagnósticas nos anos de 2016 e 2017 que para os exames de rastreamento, com uma queda considerável nos anos seguintes. As mamografias de rastreamento apresentaram BI-RADS 1 e 2 e nos resultados de BI-RADS inconclusivos, os percentuais foram mais expressivos. A razão entre biópsias e mamografias com resultados BI-RADS 4 e 5 oscilou entre 0,01 e 1,0. Nosso estudo constatou que o Piauí, nesse intervalo de tempo, conseguiu melhorar o acesso à mamografia, entretanto, houve baixa cobertura associada à inadequação das diretrizes técnicas nacionais do rastreamento mamográfico