Research, Society and Development, 12(11), p. e285111234521, 2022
DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34521
Introdução: No Brasil, segundo dados do SENAD de 2009, 80% dos universitários relataram ter ingerido bebida alcóolica antes dos 18 anos e 49% fizeram uso de drogas ilícitas em algum momento da vida, em uma pesquisa realizada em 100 instituições de ensino superior. Outra preocupação é a depressão, sendo considerada uma comorbidade que compromete toda a vida familiar e social do indivíduo, predominando entre os jovens. Objetivos: Correlacionar o uso de substâncias psicotrópicas com depressão. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado em 137 estudantes do curso de fisioterapia de um Centro Universitário do interior de Minas Gerais por meio do questionário ASSIST (Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test) e do questionário BDI-II (Inventário Beck de Depressão). Resultados: Quando se correlacionou as variáveis estudadas, foi observado que quanto menor a idade maior o uso de psicotrópicos; o uso é maior no sexo feminino do que no sexo masculino; o uso é maior em solteiros quando comparados aos casados ou em união consensual; maior uso em indivíduos que moram com os pais em relação aos que moram com cônjuges, cônjuges e filhos, outros familiares, namorados, sozinhos, amigos ou república e não houve correlação do uso de opioides, álcool, maconha, tabaco, anfetaminas e alucinógenos com a depressão. Conclusão: Por meio do estudo abordado, pode-se observar que o uso de psicotrópicos em universitários não interfere no desenvolvimento da depressão, porém é necessário realizar novos estudos, uma vez que essa questão pode se tornar uma preocupação para a saúde pública.