Research, Society and Development, 1(11), p. e36311124907, 2022
Objetivo: avaliar as potenciais interações medicamentosas graves e moderadas em pacientes com doença renal crônica (DRC) não dialítica em uso de polifarmácia. Metodologia: estudo transversal realizado em município do centro-oeste mineiro/Brasil. A população foi composta por pacientes com doença renal não dialítica atendidos no ambulatório de nefrologia municipal. Análise descritiva foi utilizada para caracterização do perfil sociodemográfico, clínico e laboratorial da população. Análise de regressão logística bivariada foi aplicada para determinar os fatores associados às potenciais interações medicamentosas. As variáveis que apresentaram valor de p < 0,20 foram conduzidas ao modelo multivariado. Resultados: Do total de 75 participantes a maioria era do sexo feminino, idosa e de cor branca. Entre eles 60% (45/75) se encontravam nos estágios 3A e 3B da doença renal. Não foi encontrado associação significativa entre o uso da polifarmácia e a Taxa de filtração glomerular estimada (p <0,671). Entre as 630 prescrições farmacológicas avaliadas foi encontrado um total de 833 interações medicamentosas (IM´s), sendo 7,68% (n=64) graves, 75,27% (n=627) moderadas e 17,05% (n=142) leves. Foi identificado uso da polifarmácia em 81,3% (61/75) dos pacientes com média de nove medicamentos por paciente. Conclusões: elevadas taxas de interações medicamentosas moderadas foram encontradas, além da presença de interações graves. A associação de múltiplos medicamentos na farmacoterapia, em especial, de pacientes idosos com doença renal muitas vezes é inevitável e, por isso, merecem atenção especial por parte não só dos profissionais prescritores, como de toda equipe afim de resguardar a segurança destes pacientes evitando eventos adversos relacionados às IMs.