Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, Saúde em Debate, spe2(45), p. 107-122, 2021
DOI: 10.1590/0103-11042021e208
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RESUMO Este trabalho apresentou as consequências do novo coronavírus no ambiente de trabalho e reflexos na saúde do trabalhador. O Sars-CoV-2 possui elevado nível de transmissão pelas gotículas exaladas, afetando órgãos como pulmões, coração, fígado, rins e cérebro. Atividades produtivas e sociais foram interrompidas, mas muitas seguiram operando por pressão do mercado. Profissionais da saúde estão entre os mais expostos, porém atividades que exigem grande número de pessoas no mesmo ambiente se encontram sob risco elevado de exposição ao novo coronavírus. O trabalho pode favorecer e acelerar a destruição causada pelo vírus. Políticas econômicas e sociais inadequadas contribuíram para agravamento da crise sanitária, aumentando a crise econômica e social, marcada pela perda de postos de trabalho e aumento da precarização do trabalho. Controles e medidas de prevenção são necessários para a redução de risco, mas precisam contemplar a natureza das relações no ambiente de trabalho e sociais. Isolamento social, higienização das mãos e uso de máscaras são providências recomendadas, além de Equipamentos de Proteção Individual e medidas coletivas para trabalhadores. O impacto da pandemia marca cada trabalhador envolvido, diversos estressores surgem ou se agravam, afetando psicologicamente muitos funcionários. O retorno ao trabalho com planejamento adequado requer segurança para minimizar riscos e proteger os trabalhadores.