Interface - Comunicação, Saúde, Educação, (26), 2022
A Medicina possui um notório impacto adoecedor sobre seus profissionais. Isso é acertado se comparando as altas prevalências de depressão e suicídio na população médica com aquelas relativas à população geral. Entretanto, observadas as assimetrias de gênero existentes nas relações humanas, emerge a necessidade da busca para a elucidação de disparidades de gênero no interior dos âmbitos profissionais e acadêmicos da Medicina, além de propostas capazes de alterar aspectos nocivos da carreira. Para tanto, realizou-se uma revisão da literatura pela análise de trinta artigos publicados nas plataformas PubMed/Medline e Google Scholar em português, inglês e francês, nos últimos dez anos. Os achados permitiram acertar uma vulnerabilidade do gênero feminino, uma vez imerso no âmbito médico, traduzida em maior crescimento de índices de depressão e suicídio. Foram apontadas propostas de alteração dessa realidade por meio de estratégias de caracteres preventivo e interventivo.