Objetivo: Descrever a sintomatologia depressiva entre pessoas em tratamento da tuberculose em unidades da atenção básica em saúde. Método: Estudo descritivo, de corte transversal realizado entre agosto de 2019 e março de 2020 em municípios metropolitanos do estado do Espírito Santo. Foram coletados dados socioeconômicos, comportamentais e clínicos em entrevista, e rastreados os sintomas depressivos pelo questionário de saúde do paciente. Resultados: Da amostra de 92 pacientes, predominou o sexo masculino (67%), pretos/pardos (85%), idade média 41,5 anos, (50%) solteiros, sem concluir o ensino fundamental (43%), desempregados (63%), das classes socioeconômicas C, D e E (89%), desamparados por programa de transferência de renda (86%). Rastreados 48% (44) da amostra com sintomatologia depressiva, 81% (74) com gravidade leve a grave, predomínio do sintoma fadiga (84%), presença do humor deprimido e anedonia em 58% (53). Conclusões: A sintomatologia depressiva na população estudada apresentou frequência relevante e potencial para prejudicar a vida pessoal, social e estado de saúde das pessoas em tratamento da tuberculose. Assim, na perspectiva do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, o rastreamento da depressão e das suas manifestações pode expandir as ações de cuidado e prevenção centrados no paciente com tuberculose e reduzir os efeitos combinados da tuberculose e da depressão.Descritores: Atenção primária à saúde; Questionário de saúde do paciente; Sintomas depressivos; Tuberculose.