SOCIOLOGIA ON LINE, 29, p. 90-108, 2022
DOI: 10.30553/sociologiaonline.2022.29.4
A investigação sobre o plágio entre alunos do ensino superior tem comprovado que esta prática, além de assumir diversas formas, tanto pode resultar de um ato intencional revelador de falta de honestidade, como de uma ação não intencional decorrente de desconhecimentos acerca do plágio e das normas a cumprir para o evitar. Este carácter plural e não intencional do plágio coloca atualmente desafios à investigação, quer fundamental, quer aplicada, raras vezes explorados no caso português. Este artigo debruça-se sobre a discussão metodológica em curso acerca da mensuração da incidência do plágio no ensino superior, trazendo à colação dados recentes sobre estudantes portugueses e refletindo sobre os prolongamentos dessa discussão na prevenção desta prática fraudulenta. Verifica-se que a combinação de distintos indicadores permite mensurar de forma mais holística a incidência do plágio e que a sua prevenção carece de maior aposta em formação sobre uma correta utilização e creditação de fontes.