Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 21(9), p. 1059-1072, 2022
DOI: 10.21438/rbgas(2022)092235
A expansão urbana desordenada pode afetar a qualidade e quantidade dos recursos hídricos de uma região devido ao uso do solo desenfreado que provaca a redução da cobertura vegetal das áreas de preservação permanente (APP). Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a expansão urbana entre 1974 e 2016 no Município de Rio Verde, Goiás, Brasil, bem como o conflito de uso das APP em 2017. Para a avaliação do uso em conflito em APP utilizou-se imagem de satélite Lansat de 2017 e para a análise da expansão urbana utlizou-se imagem Lansat dos anos de 1974, 1984, 1994, 2010, 2016 e 2017, processadas no software ARCMap. A área urbana atual do Município de Rio Verde é de 5.300 ha. O município possui taxa de crescimento urbano de 7,3% ao ano (77 ha ano-1) e populacional de 1,77% ao ano (3.841 habitantes ano-1). Dos 280 ha de APP que a área urbana possui, somente 45% encontra-se com vegetação nativa, sendo que 55% possui uso em conflito através da urbanização ou substituição por gramíneas. Dos 14 mananciais que compreendem a área urbana, o Córrego Barrinha é o que possui menor percentual de APP com vegetação nativa (12%), seguido do Córrego São Tomas (14%) e do Córrego Cruzeiro (31%), sendo essa a sequência prioritária para a tomada de decisão por parte do poder público. Pode-se concluir que a expansão urbana provocou a redução das APP urbanas, e que a técnica de geoprocessamento de imagens de satélite consolida-se como uma importante ferramenta para tomada de decisão e para o planejamento urbano no município.