O artigo caracteriza os sistemas de confinamento de bovinos nas microrregiões de Cametá, Guamá, Tomé-Açu, Bragantina e Paragominas, estado do Pará. Foram entrevistados 20 produtores com o uso de questionário semiestruturado, contendo perguntas abertas e fechadas. A seleção da amostra apoiou-se na técnica bola de neve e as entrevistas foram realizadas em agosto e setembro de 2019. O roteiro da entrevista continha 101 perguntas direcionadas a identificação do proprietário, caracterização geral da propriedade e caracterização da unidade de produção, considerando os animais e a estrutura do sistema de produção. Os dados foram armazenados em planilha eletrônica do Microsoft Excel® e analisados no IBM SPSS Statistics® versão 22.0. A expansão do sistema de confinamento na região é recente e tem crescido nos últimos 10 anos. Os produtores possuem médio a alto nível de escolaridade, o que facilita ao acesso à tecnologia e assistência técnica que foi observado em todos os casos. Na maioria das propriedades a atividade é realizada na época seca para mantença de ganho de peso como principal objetivo. Modo geral, a estrutura é adequada para o processo produtivo, com genética melhorada nos rebanhos e poucos casos de mortalidades por doenças na fase terminal do confinamento. Programas de qualidade de carne nos frigoríficos podem incentivar ao aumento da adoção desse sistema de produção na pecuária bovina paraense.