Research, Society and Development, 15(11), p. e448111537663, 2022
DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37663
Introdução: A doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) é responsável por repercussões sistêmicas a médio e longo prazo. Fadiga e redução da aptidão cardiorrespiratória são sintomas frequentemente relatados. Objetivo: Avaliar a condição aeróbica de pacientes que foram infectados pelo SARS-COV-2 e as repercussões cardiorrespiratórias de acordo com a gravidade da doença. Métodos: Foram analisados os prontuários dos pacientes acometidos pela COVID-19 e submetidos ao teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) em um hospital privado em Aracaju/SE, decorrido, pelo menos, um mês do quadro viral agudo. Os voluntários foram divididos em 3 grupos, conforme a gravidade da doença: G1-leve, G2-moderada e G3-grave. Os pacientes foram submetidos ao TCPE, onde eram avaliadas as respostas cardiovascular, respiratória e periférica ao esforço. Resultados: A amostra constou de 80 indivíduos e os exames foram realizados, em média, 135,12 ± 90 dias do início dos sintomas. A idade média foi de 47±12,7 anos, com predominância do sexo masculino. O consumo de oxigênio no limiar anaeróbico em relação ao predito foi menor no G3. Não houve comprometimento da espirometria pré-esforço, da reserva ventilatória, da saturação de oxigênio e da eficiência ventilatória. Do ponto de vista cardiovascular, o pulso de oxigênio e a captação periférica do consumo de oxigênio tiveram comportamento normal nos três grupos. Na análise multivariada de covariância, a gravidade da doença teve influência na condição aeróbica. Conclusão: A condição aeróbica foi menor no grupo de maior gravidade da COVID-19, possivelmente pelo descondicionamento físico, uma vez que os parâmetros do desempenho cardiovascular e respiratório exibiram comportamento normal.