Revista de Medicina, 4(100), p. 343-350, 2021
DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v100i4p343-350
Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo com o objetivo de descrever a mortalidade de mulheres em idade fértil por causas naturais, de 2000 a 2015, em Sergipe. As declarações de óbitos foram coletadas do Sistema de Informação de Mortalidade e as estimativas populacionais foram obtidas junto ao Ministério da Saúde. Os casos selecionados foram classificados quanto à evitabilidade e foram analisados pelo programa Tabwin. Durante o período, ocorreram 8.945 óbitos por causas naturais. Destes, apresentaram os maiores coeficientes: mulheres na idade de 40 a 49 anos, óbitos hospitalares e residentes na Região de Saúde de Propriá. Quanto às causas evitáveis, considerando o primeiro e o último quadriênio, houve um aumento de 11,1%, destacando-se o coeficiente por doenças não transmissíveis. Entre as causas não evitáveis e mal definidas, houve diminuição de 0,4% e de 70,6%, respectivamente. Em relação ao percentual dos casos segundo raça/cor, estado civil e escolaridade, destacaram-se as pardas, solteiras e com escolaridade entre 4 e 7 anos. Assim, são necessários investimentos em ações que visem a redução dos óbitos por causas evitáveis e garantam a qualidade e a resolutividade na atenção à saúde.