Published in

Segurança Alimentar e Nutricional, (29), p. e022006, 2022

DOI: 10.20396/san.v29i00.8670346

Links

Tools

Export citation

Search in Google Scholar

Novas geografias

This paper is made freely available by the publisher.
This paper is made freely available by the publisher.

Full text: Download

Red circle
Preprint: archiving forbidden
Red circle
Postprint: archiving forbidden
Orange circle
Published version: archiving restricted
Data provided by SHERPA/RoMEO

Abstract

Outras geografias que não a da fome são possíveis para o Brasil. Esta é a conclusão que os mais de 30 pesquisadores e ativistas sociais chegaram ao participarem do seminário “Geografia da Fome – 75 anos depois: novos e velhos dilemas”, organizado pela Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com o apoio de um conjunto de instituições. Faz-se necessário discutir a obra de Josué de Castro por ser um clássico, pelos atuais números da fome e pela disputa de narrativas em torno do fenômeno da fome que se apresenta por meio de distintos projetos político-ideológicos. Foram quatro grandes consensos que o evento alcançou: a importância do papel do Estado para reverter a situação de fome; as desigualdades como causa e efeito de sistemas alimentares não sustentáveis e da fome; a expansão da produção e a modernização da agricultura se deu mantendo e aprofundando a concentração fundiária, com perda de biodiversidade e sem compromisso com a produção de comida para o povo; além de a fome ser considerada como um projeto político-ideológico em um Brasil de abundâncias. É necessário estimular espaços para mobilizar a academia, gestores públicos, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e ativistas comprometidos com uma agenda transformadora em torno da fome e de seus atuais e antigos dilemas.