Centro Universitário de Maringá, Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, 1(14), p. e007840, 2021
DOI: 10.17765/2176-9168.2021v14n1e007840
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A gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos culmina na melhor administração pública destes materiais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biogás a partir da biodigestão anaeróbia da biomassa de poda utilizando lodo como inóculo, comparando as características químicas dos fertilizantes adquiridos pelos processos aeróbios e anaeróbios. Para tal, a matéria-prima utilizada como substrato foi constituída por lodo de esgoto da estação de tratamento de efluentes da Reserva Camará, em Camaragibe, e biomassa de poda do município do Recife, Pernambuco. Os experimentos foram realizados em laboratório, avaliando-se diferentes composições entre biomassa de poda, lodo de esgoto e água, a fim de se determinar qual destas apresentaria melhor eficiência para produção de biogás. Os gases liberados foram analisados em cromatógrafo para determinar os teores de metano produzidos. Tanto o fertilizante do processo de compostagem realizado pela EMLURB quanto o fertilizante orgânico da digestão anaeróbia foram caracterizados quimicamente em relação aos macronutrientes, carbono e relação C/N. Como resultados, a composição T8 (12,5% biomassa de poda, 37,5% lodo e 50% água) foi a que apresentou maiores produções de metano. Caso utilizasse essas condições, poderiam ser gerados 40,2 MWh de energia elétrica a partir da biodigestão da biomassa de poda, com renda bruta de cerca de 29,6 mil reais ao ano nos gastos com energia elétrica no município. Em relação à produção dos fertilizantes, os processos de compostagem e digestão anaeróbia apresentaram compostos com relação C/N de 9,7 e 18,6, respectivamente, não diferindo nos teores de N, K, P e Ca.