Research, Society and Development, 7(11), p. e45511730244, 2022
A biossegurança visa prevenir, minimizar ou eliminar os riscos inerentes às atividades clínicas odontológicas. Com o emergente aparecimento de doenças infecto-contagiosas, em especial ao momento pós-pandemia COVID19, o cumprimento dos protocolos de biossegurança tomou dimensões importantes. O presente trabalho avaliou o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) nas unidades básicas de saúde no município de Patos, Paraíba. A amostra compreendeu 32 cirurgiões-dentistas e 29 técnicos de saúde bucal. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário estruturado e autoaplicável. Com base no sistema de trabalho adotado pelos profissionais, 89,6% realiza a quatro mãos, em contraposição a 13,1% que relatou utilizar o trabalho a duas mãos. 80,3% afirmaram realizar a higienização das mãos antes e depois dos procedimentos. Quanto à prevalência do uso de cada um dos EPIs, o tempo de atendimento foi de 100% para luvas, 50,8% para máscara descartável, 55,7% para o avental, 80,3% para o gorro e de 26,2% para os óculos de proteção. Os principais motivos alegados para não utilização da máscara descartável foi por não julgar necessário, quanto ao gorro apenas 18% afirmaram não julgar necessário. No que diz respeito ao avental 13,1% alegou não ser fornecido pelo serviço público, 8,2% julgaram demandar muito tempo e 8,2% não julgou necessário. 72,1% alegou que os óculos de proteção são desconfortáveis e/ou dificultam o trabalho. Existe uma evidente necessidade de aplicação de medidas de orientação, para que haja um reforço na biossegurança dos cirurgiões-dentistas, e o seu cumprimento na rotina da prática clínica.