Research, Society and Development, 5(11), p. e45611528357, 2022
No Semiárido brasileiro a produção de foragem é limitada, principalmente, pela elevada evapotranspiração, variabilidade na distribuição espaço temporal das chuvas, baixa capacidade de suporte forrageiro das pastagens nativas (caatingas) e reduzido uso de tecnologias de convivência com as secas, que configuram uma região com déficit hídrico na maior parte do ano. Nesse sentido, a irrigação pode contribuir para aumentar o aporte de forragem para os animais durante todo o ano, notadamente na época de estiagem. No entanto, em grande parte deste território, as águas subterrâneas e superficiais apresentam elevados teores salinos, o que pode ocasionar a salinização dos solos e dificultar o cultivo das plantas forrageiras. O entendimento dos efeitos dos sais, presentes na água de irrigação, no solo e nas plantas facilita o manejo e a mitigação dos níveis salinos nos solos. Nesse sentido, objetivou-se, nesta revisão, discorrer sobre os processos de formação dos solos salinos, efeitos dos sais nas plantas e no solo, mecanismos de tolerância das plantas e possíveis práticas de manejo que possibilitem o uso sustentável da irrigação com água salina em plantas forrageiras.