Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, (49), 2022
DOI: 10.1590/0100-6991e-20223150
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RESUMO Objetivo: as recomendações das decisões em Tumor Board (TB) deveriam ser acompanhadas para identificar barreiras que possam interferir na execução do melhor cuidado para o paciente decidido previamente. O objetivo do estudo é avaliar se a decisão de conduta em TB foi realizada em pacientes com tumores pancreáticos, o status de vida 90 dias após TB e analisar os motivos pelos quais a conduta não foi realizada. Métodos: estudo retrospectivo com pacientes com tumores de pâncreas, avaliados entre 2017 a 2019. Dados epidemiológicos, se a conduta de TB foi realizada, o motivo da não realização, o status de vida em 90 dias após decisão de TB e quantas vezes cada paciente foi discutido em reunião foram coletados. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste de qui-quadrado; variáveis numéricas foram apresentadas como médias e desvio padrão. Resultados: 111 casos, 95 pacientes, 86 (90,5%) com diagnóstico de câncer. Após 90 dias de TB, 83 pacientes (87,37%) permaneceram vivos, 9 pacientes (9,47%) faleceram e 3 (3,16%) perderam o seguimento. A conduta do TB não foi realizada em 12 (10,8%) dos casos e os motivos foram: 25% (3) por perda de seguimento, 8,33% (1) por recusa do paciente e 66,67% (8) devido à piora clínica. Os casos de pacientes com metástases tiveram menor execução de conduta de TB (p=0,006). Conclusões: a conduta do TB é realizada na maior parte dos casos e o motivo mais evidente para o não cumprimento das condutas é a piora clínica do paciente.