Research, Society and Development, 3(11), p. e4911326076, 2022
A terapia antirretroviral (TARV) coincide com a evidencia da ocorrência de doenças crônicas cardiovasculares de origem aterosclerótica, quando associada a uma terapia de longo prazo. O objetivo foi avaliar a relação entre aterosclerose e uso de esquema antirretroviral no tratamento de pacientes HIV positivo, e quantificar o escore de cálcio neste grupo, correlacionando-o com o tempo de uso da TARV. Trata-se de um estudo tranversal de pacientes adultos portadores de HIV/AIDS, selecionados de forma consecutiva e não-aleatória, assintomáticos do ponto de vista cardiovascular, provenientes dos dois serviços de referência em atendimento ambulatorial do estado de Sergipe, com idade maior que 18 anos e em uso de TARV. Da amostra, 65,4% eram do sexo masculino e 34,6% do sexo feminino, com idade média de 46 anos. A aterosclerose coronariana, detectada pelo escore de cálcio, foi encontrado em 24 pacientes (31,17%). A duração da terapia antirretroviral se relacionou à aterosclerose e houve diferenças significativas entre os diferentes esquemas antirretrovirais. Além disso, os resultados mostram uma associação entre TARV contendo IP. A idade e o tempo de exposição ao uso da TARV foram significativos na presença de aterosclerose. Os valores de p foram considerados estatisticamente significativos em 100% das variáveis analisadas e o desafio é promover a prevenção de riscos cardiovasculares para reduzir o número de eventos coronarianos, e o perfil traçado com esta coleta permitirá uma abordagem mais criteriosa desses pacientes, sobretudo no caráter preventivo com o cuidado dos pacientes portadores de HIV/AIDS no estado de Sergipe.