Lecturas: Educación Física y Deportes, 287(27), p. 160-179, 2022
DOI: 10.46642/efd.v27i287.3084
O desejo de corpos perfeitos e problemas relacionados à insatisfação corporal são frequentes e representam crescente preocupação da saúde pública, constituindo temática importante para pesquisas. O presente estudo trata-se de um ensaio considerando pesquisas que envolvem a avaliação da imagem corporal. É intenção propor reflexões, contribuindo para área de conhecimento e formação de pesquisadores. O texto objetiva refletir, por meio de evidências conceituais e empíricas, conceitos, instrumentos e critérios de classificação aplicados aos estudos que avaliam insatisfação corporal em universitários no Brasil. Foram apontadas questões acerca dos termos envolvidos nos estudos de insatisfação corporal. No que diz respeito aos conceitos, foi possível observar uma variedade de termos relacionados que podem apontar confundimentos entre a imagem corporal, insatisfação corporal e suas dimensões perceptivas e atitudinais. Em relação aos instrumentos, predominam em estudos o uso das escalas de figuras e silhuetas e o Body Shape Questionnaire (BSQ). Estes, apesar do mesmo constructo(insatisfação corporal), apresentam formas de avaliação e classificação distintas. Em relação aos estudos, foram encontradas associações de insatisfação com as variáveis de sexo, estado nutricional, peso e com o público de universitários. Espera-se que pesquisadores da temática façam corretas distinções das dimensões, conceitos e instrumentos (com seus critérios de classificação) visando a uma maior padronização e comparabilidade entre os estudos. Conclui-se que esta temática tem sinalizado problemas, tamanho os desafios atribuídos às influências de padrões corporais cultuados socialmente.