Lecturas: Educación Física y Deportes, 279(26), p. 147-163, 2021
DOI: 10.46642/efd.v26i279.2764
A contemporaneidade é marcada pela era do corpo utilizado como ferramenta do consumismo. Por intermédio de hábitos e práticas corporais, estilos de vida se propagam pelos veículos de comunicação midiáticos. Neste contexto, jovens constituem o grupo mais vulnerável a ser influenciado, sendo compreensível seus desejos em fazerem parte de grupos e terem suas identidades aceitas socialmente. O texto apresenta uma reflexão dialógica acerca do culto ao corpo, beleza e juventude na sociedade contemporânea. No cenário atual, o corpo ocupa destaque muito além de qualidades requisitadas em outras épocas,com a compulsão cotidiana por atributos da beleza jovem, há uma vontade presente de manter e adequar-se a aparência vigente, bem como uma inovação contemporânea em retardar o processo natural da vida: o envelhecimento do corpo. Nesse caso, a tentativa é de esconder características físicas indesejáveis assumindo o estereótipo corporal jovem, da beleza eterna. Esse parece ser o desejo contemporâneo, que o tempo do corpo pare e ceda aos rituais da beleza. Como conclusão, percebe-se que o estado jovial, que outrora delimitava uma fase da vida, hoje, por meio de valores socioculturais, se transforma em símbolo, tamanha relevância apresentada no presente, mas que apresenta inclinações preocupantes para o campo da saúde mental, notadamente na insatisfação corporal.