Research, Society and Development, 2(11), p. e26511225594, 2022
Introdução: A literatura tem evidenciado um aumento na prevalência de crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e o seu tratamento consiste em retirar esse alimento e seus derivados da dieta e na substituição por fórmulas à base de proteína isolada de soja ou de fórmulas hidrolisadas. Objetivo: Avaliar os efeitos do uso de fórmulas nutricionais em crianças com APLV. Metodologia: A busca e seleção dos artigos seguiram as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviewsand Meta-Analyses (PRISMA), utilizou-se as palavras-chaves: “milk hypersensitivity”, “food hypersensitivity, hydrolyzed”, “vegetal protein”, “vegetal protein”, “soy bean proteins” em combinação ou isoladas, nas bases de dados Pubmed, Scopus e Science direct. Resultados: Nove artigos foram incluídos, sendo seis ensaios clínicos, um estudo de coorte, um estudo observacional e um estudo multicêntrico. Foram testadas: fórmula de proteína extensamente hidrolisada, fórmula à base de aminoácidos e fórmula à base de soja. Sendo que em 3 estudos as fórmulas de proteína extensamente hidrolisada e a de aminoácidos foram associadas com probióticos Lactobacillus rhamnosus e tiveram 2 estudos associados com simbióticos. Conclusão: Todos os tipos de fórmulas analisadas contribuíram para melhora nos sintomas relacionados a APLV, sendo os melhores resultados observados para as fórmulas com probióticos. No entanto, são necessários mais estudos que avaliem os efeitos dos probióticos adicionados em fórmulas nutricionais para o tratamento de APLV, seu potencial precisa ser melhor avaliado, principalmente em estudos a longo prazo.