A depressão caracteriza-se por sintomas de tristeza profunda e alteração no humor. Os níveis deficientes de folato e vitamina B12 têm sido relacionados com o desenvolvimento da depressão, pois desempenham papéis fundamentais para o bom funcionamento do cérebro. O objetivo do estudo foi investigar a associação entre a concentração sérica de Vitamina B12 e folato e os sintomas de depressão em idosos do sul do Brasil. Foram analisados os dados da segunda onda da pesquisa de base populacional e domiciliar (EpiFloripa). O total de 590 idosos (≥60 anos) participaram da coleta de sangue para análises bioquímicas. A presença de sintomas de depressão foi avaliada pela Escala Geriátrica de Depressão (GDS-15) com ponto de corte ≥ 6. As vitaminas B12 e o folato, foram mensuradas através de exames bioquímicos. Foi utilizada a Regressão Logística Binária para as análises de associação entre a variável sintomas de depressão e as vitaminas. 16,4% dos idosos apresentaram sintomas de depressão, sendo mais frequente em mulheres, pessoas com doença crônica e baixa escolaridade. A menor média da vitamina B12 sérica não explica a presença de sintomas de depressão (OR= 1,000; IC: 0,999; 1,001). A menor média de folato sérico associou-se na análise bruta à presença de sintomas de depressão (OR= 0,931; IC: 0,886; 0,978) e foi mantida após o ajuste para as variáveis de controle (OR= 0,937; IC: 0,888; 0,988). A maior média de folato sérico é um fator de proteção para a ocorrência de sintomas depressivos. Embora a vitamina B12 não tenha sido associada com sintomas de depressão, recomenda-se manutenção de médias mais elevadas em idosos.