Introdução: A prevenção secundária das doenças cardiovasculares, incluindo farmacoterapia, é importante não apenas para diminuir a morbidade e mortalidade das doenças cardiovasculares (DCV), mas também porque tem impacto na qualidade de vida. Objetivos: O objetivo desse trabalho foi avaliar a prevenção secundária medicamentosa em pacientes que apresentaram eventos cardiovasculares, frequentadores das Unidades saúde da família do município de Embu-Guaçu. Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo observacional e transversal, com 68 pacientes que apresentaram pelo menos um evento cardiovascular e que responderam a um questionário contemplando dados sócio demográficos, identificação do evento cardiovascular, medicações prescritas, prescritores e o local de acompanhamento. Resultados: Dentre os eventos cardiovasculares, o Acidente Vascular Encefálico - AVE foi o mais prevalente (p< 0,0001) seguido de Infarto Agudo do Miocárdio - IAM. Apenas 21% das prescrições estavam adequadas; em sua grande maioria, os participantes eram acompanhados pelo cardiologista. Dos pacientes acompanhados pela atenção primária à saúde, apenas 26% estavam com a prescrição adequada. Conclusões: A prevenção secundária medicamentosa dos pacientes estudados nessas UBS no município de Embu-Guaçu está longe de ser considerada ideal, pois apenas 26% dessas prescrições encontram-se adequadas segundo as diretrizes sobre prevenção secundária medicamentosa das DCV, e aquém de alguns estudos que chegam a ser 90%.