Centro Universitário de Maringá, Saúde e Pesquisa, 4(14), 2021
DOI: 10.17765/2176-9206.2021v14n4e8097
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Ser cuidador ocasiona mudanças em diversos contextos da vida do sujeito. O objetivo deste estudo foi identificar alterações no desempenho ocupacional de familiares que se tornaram cuidadores primários de crianças ou adolescentes em tratamento de transtornos mentais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa da qual participaram 17 cuidadores de crianças ou adolescentes em tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil. Os dados foram coletados por meio da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional e de uma entrevista semiestruturada e averiguados mediante a análise de conteúdo temático-categorial. A maioria dos respondentes eram do gênero feminino, apresentaram problemas nos cuidados pessoais e na independência fora de casa; além disso, diminuíram a carga horária de trabalho, inclusive as tarefas, e reduziram a recreação e a socialização. Concluiu-se que ser cuidador de criança ou adolescente com doença mental influencia o desempenho de atividade de autocuidado, de produtividade e de lazer.