Research, Society and Development, 3(11), p. e8511326053, 2022
Esta pesquisa avaliou o grau de atuação da Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVSA) em um município de médio porte do Baixo Tocantins, estado do Pará, Brasil. Teve como procedimentos metodológicos: a pesquisa bibliográfica, documental e empírica, com a coleta de dados ocorrida nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021 junto ao Secretário Municipal de Saúde, Coordenador da Vigilância em Saúde e Coordenadores das distintas Vigilâncias. Os dados foram analisados com base na triangulação de métodos, na estatística univariada e multivariada e os escores foram obtidos a partir da média aritmética. Os resultados apontam que o grau de atuação da Vigilância Sanitária foi classificado como intermediário, enquanto a Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde Ambiental foi insatisfatório, sendo inexistente a atuação da Vigilância em Saúde do Trabalhador (a). Entre os pontos críticos para ambas, destacam-se as subdimensões: recursos materiais e tecnológicos; gestão da informação, execução das ações; monitoramento e resolubilidade por metas, sendo a gestão do processo o indicador mais bem avaliado. As fragilidades constatadas relacionam-se com a insuficiência de recursos físicos para o trabalho administrativo e de campo, desafios com relação ao banco de dados da VS municipal e a periodicidade das ações obrigatórias e de promoção em saúde, ausência de avaliação interna e inexistência de canais de comunicação direto com a população, além disso os profissionais encontravam-se insatisfeitos com o trabalho. Os desafios constatados revelam a necessidade de iniciativas múltiplas para viabilizar a política no contexto dinâmico e heterogêneo que são os territórios da Amazônia.