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Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 1(70), p. 21-29, 2021

DOI: 10.1590/0047-2085000000315

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Saúde mental dos estudantes de Medicina do Brasil durante a pandemia da coronavirus disease 2019

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Abstract

RESUMO Objetivo: O objetivo desta pesquisa é verificar a prevalência de sintomas de sofrimento psíquico em estudantes do curso de Medicina durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e exploratório que avaliou 656 estudantes do curso de Medicina do Brasil. Os dados foram coletados, em maio e junho de 2020, por meio de dois instrumentos autoaplicáveis. O primeiro foi um questionário elaborado pelos próprios autores para avaliar o perfil social, demográfico e cultural da população. Para o rastreamento de indícios de sofrimento psíquico, utilizou-se o Self-Report Questionnaire, um questionário com 20 itens divididos em quatro domínios. Durante a análise de dados, as associações entre variáveis categóricas foram testadas por meio do teste qui-quadrado de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A prevalência de indivíduos com indícios de sofrimento psíquico foi de 62,8%. São fatores de risco para o adoecimento mental durante a pandemia da COVID-19: ser do sexo feminino, estar nos dois primeiros anos do curso, relatar má adaptação ao ensino a distância, apresentar dificuldade de concentração, preocupar-se com o atraso da graduação, ter um diagnóstico prévio de transtorno mental, morar com alguém que precisa trabalhar fora de casa, ser incapaz de manter hábitos saudáveis e ter medo de ser infectado pelo vírus. Conclusão: Este estudo demonstrou que os indícios de sofrimento psíquico estão elevados entre estudantes de Medicina durante a pandemia da COVID-19. Além disso, também foi possível concluir que há fatores protetores para o adoecimento mental.