Zenodo, 2010
Nas cidades, os espaços de vegetação são difundidos e comuns compreendidos como precisar para ficar bem com todos, no entanto, caracterizam também como elementos que diferenciam as parcelas do espaço urbano e contribuem para a segregação socioespacial. Dentre ou conjunto de "espaços verdes", destacamos nesta análise os parques urbanos do Estado de Alagoas, em especial as cidades de Arapiraca e Maceió, que apresentam características diferenciadas. Caracterizado e compreendido os parques quanto aos seus usos, funções e potencialidades, subsidiado pela metodologia proposta por Gomes (2005). Realizamos levantamentos bibliográficos, pesquisas de campo, consultas a órgãos públicos, entrevistas a usuários dos parques etc. Entre outros resultados, foi constatado que os parques em Alagoas não são implantados segundo como as necessidades das comunidades onde estão localizadas. Circunde-se no escopo de interesses políticos relevantes, alheios à consulta e interesse público. São espaços, cuja infraestrutura e vegetação variam em função das características do bairro e perfil socioeconômico da população, apresentando-se desprovidos de atrativos quando estão situados em áreas mais carentes. Concluímos, portanto, que os parques urbanos em Alagoas não cumprem efetivamente como funções para quais, sem discurso oficial, foram criados. Distribuem-se irregularmente no espaço urbano, apresenta várias deficiências na infraestrutura e poucas associações com os elementos da natureza, componentes se, em geral, parte decorativa de projetos, ou que contradiz a reverência ao "verde" e à natureza, imputada pelo poder público.