Levantamentos etnobotânicos de plantas medicinais com potencial para sarar ferimentos de pele podem ser uma alternativa no auxílio desses cuidados ou acelerar o processo de cura e para indústria farmacêutica são importantes na escolha de espécies para investir em testes laboratoriais. Nesse contexto, a pesquisa visou fazer um levantamento etnobotânico de plantas medicinais usadas pelos moradores de duas comunidades rurais da Amazônia brasileira para o tratamento de ferimentos cutâneos, além de registrar as indicações, usos e as formas de preparo das formulações caseiras. Adotou-se a bola de neve como metodologia para selecionar os colaboradores e técnicas de etnobotânica para coleta dos dados. A importância de cada espécie foi determinada calculando a frequência relativa de citação (RFC). No total participaram 17 colaboradores e foi registrado o conhecimento sobre 16 etnoespécies usadas no processo de cicatrização de feridas de pele. Os maiores de valores da CRF registrados foram para as espécies de andiroba (Carapa guianensis Aubl.), copaíba de planta (Escobedia sp.) e malvarisco (Piper umbellatum L.). Dessa foram, destaca-se que as plantas medicinais usadas nessas comunidades contribuem para melhorar a qualidade de vida e são importantes para o tratamento de ferimentos de pele.