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Published in

Research, Society and Development, 4(10), p. e52910414445, 2021

DOI: 10.33448/rsd-v10i4.14445

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O papel do estresse oxidativo na Doença de Crohn: Uma revisão narrativa

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Abstract

A doença de Crohn (DC) faz parte de um conjunto de desordens inflamatórias do trato gastrointestinal de sintomatologia variada e caráter crônico. Evidências têm mostrado uma associação entre estresse oxidativo e DC. Nesse sentido, diferentes biomarcadores estão sendo estudados, porém ainda não há consenso. O objetivo deste estudo foi compilar os mais recentes estudos sobre o equilíbrio oxidante/antioxidante na DC em pacientes ativos e em remissão. Dentre os biomarcadores, os relacionados à peroxidação lipídica foram os mais estudados na DC. Observou-se que, mesmo com a doença sob controle, pacientes remissivos continuam a apresentar níveis de estresse oxidativo (danos oxidativos aos lipídeos e proteínas) altos e defesas antioxidantes (atividade de GPx e catalase) alteradas. Além disso, os níveis plasmáticos de selênio, um mineral com importante ação antioxidante, foram encontrados diminuídos nos pacientes, independentemente do estágio da doença. Esses achados demonstram a necessidade de monitorar o paciente em relação aos biomarcadores de estresse oxidativo e de defesa antioxidante, especialmente em períodos de remissão, em que o paciente não apresenta sintomas, porém mantém as alterações oxidativo-inflamatórias latentes. Os dados aqui discutidos poderão colaborar para a concepção e desenvolvimento de novas abordagens para pacientes com DC.