Research, Society and Development, 8(10), p. e6610817110, 2021
Globalmente, as despesas públicas relacionadas ao cuidado em saúde mental têm sido alvo de diferentes estudos de avaliação econômica, permitindo a compreensão do cenário que engloba a efetividade e o custeio da assistência. Objetivo: Analisar o custo da assistência em saúde mental no contexto do financiamento público. Metodologia: Revisão integrativa, sem delimitação temporal. Utilizado a estratégia PICO para combinações de termos e utilização do operador booleano “AND”, abrangendo bases de dados: Medline via PubMed, LILACS, EMBASE, Web of Science, SCOPUS e COCHRANE LIBRARY. O nível de evidência e a qualidade metodológica de cada estudo foram avaliados. Utilizou-se o método PRISMA. Resultados: Encontrados 266 estudos. Após avaliação por pares, 16 selecionados para compor a revisão. A maioria (75%) das pesquisas foi realizada em países europeus, na perspectiva de provedores de serviços, principalmente, no contexto hospitalar e comunitário. Os estudos envolviam investigações relacionadas aos custos indiretos e diretos, médico hospitalares e não médico hospitalares: de serviços, de intervenções medicamentosas, de transtornos mentais com destaque para esquizofrenia. Foram mensurados através da estatística descritiva, e analisados pelo método de microcusteio (43,7%), com variação temporal de 1 a 36 meses. Quanto aos achados principais destaca-se o impacto no uso dos serviços e no tratamento farmacológico, bem como a descrição de alguns valores médios per capita mensal que foram distintos na avaliação econômica realizada. Conclusão: Este estudo de revisão integrativa traz informações que podem implicar em condutas de gestão e clínicas que podem melhorar e otimizar aspectos do custeio público da assistência em saúde mental.