Faculdade de Letras, Revista de História, 180, p. 1-35, 2021
DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.167180
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O neoconservadorismo é um fenômeno. No final dos anos 1960, os Estados Unidos da América (EUA) e o mundo deram os primeiros passos rumo a uma crise sistêmica, persistente e generalizada. Neste contexto, Irving Kristol e um grupo de intelectuais começaram a gestar um conjunto de ideias para solucionar os dilemas que a crise impôs aos EUA. No início dos anos 1970, Kristol e seus colegas conformaram uma percepção de mundo madura, o neoconservadorismo. Logo, ficaram conhecidos como neoconservadores ou necons. Poucos anos depois, os neocons e o neoconservadorismo chegaram ao governo de Ronald Reagan (1981 - 1989) como protagonistas. Desde então, rondam a Casa Branca, seja no salão oval ou nos jardins dos fundos. Este artigo é resultado de uma pesquisa, que buscou examinar o fenômeno do neoconservadorismo. Nas próximas páginas este artigo vai apresentar as reflexões de Kristol e o processo de conformação do neoconservadorismo como percepção de mundo. E vai analisar a experiência do governo Reagan com o neoconservadorismo como projeto político.