Objetivo: Relacionar as condições sociodemográficas, epidemiológicas e clínicas à ocorrência de casos graves de varicela. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e analítico, tendo como fonte de dados prontuários de pacientes internados entre os anos de 2009 a 2018 no Hospital São José de doenças infecciosas (HSJ). Todas as variáveis selecionadas foram analisadas pelo programa Stata versão 15.1 e relacionadas com a presença de complicação, de forma a descobrir os fatores associados. Resultado: De um total de 302 prontuários, 54,3% eram do sexo masculino com idade mediana de 8 anos. A presença de complicação ocorreu em 82,4%, sendo complicações cutâneas as mais relatadas (65,4%). Das internações, 2,3% foram a óbito. A escolha da terapêutica com uso de antivirais associados a antibióticos (RP: 0,44; IC95%: 0,33 – 0,59 p=0,00) e alterações no exame de raios x de tórax (RP: 1,37; IC95%: 1,13 – 1,66; p=0,01) foram significativamente associados à gravidade do quadro de infecção por varicela. Conclusão: A varicela não deve ser considera uma doença inofensiva devido aos inúmeros tipos de complicações que podem associar-se à doença, causando internamento hospitalar e, em alguns casos, necessidade de tratamento intensivo. Os fatores associados foram a terapêutica utilizada, reduzindo a gravidade, e alteracoes no raio-x, aumentando a gravidade do caso.