A maioria dos solos brasileiros possui baixa fertilidade natural. A principal característica é a deficiência de fósforo (P) e alta capacidade de adsorção de P. Isso gera a necessidade de adicionar fertilizantes minerais fosfatados, orgânicos ou organomineral. Essa adição pode causar alterações na dinâmica do P no solo. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as frações P no solo em função da aplicação de fertilizante orgânico, organomineral e fosfato mineral, em diferentes classes de solo. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x3. Os tratamentos consistiram de três fontes de P (fosfato mineral, orgânico e organomineral) em três classes de solo (LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, ARGISSOLO AMARELO Distrófico e NEOSSOLO QUARTZARÊNICO), cultivados com Glycine max e depois com Urochloa (sin. Brachiaria) ruziziensis, nas mesmas unidades. Para o fracionamento de P, foi realizada uma coleta de todas as unidades experimentais aos 270 dias após a implantação do experimento. A adubação orgânica com fosfato aumentou o P total do solo, principalmente as formas não lábeis, enquanto a adubação mineral contribuiu para incrementos nas frações lábeis de P nos solos. Em solos arenosos, os níveis lábeis de P são maiores.