Research, Society and Development, 4(10), p. e16710413980, 2021
A soja é uma cultura de grande expressividade mundial e o Brasil atualmente é o maior produtor e exportador dessa cultura, com potencial territorial para expansão do seu cultivo. Diante das previsões apontadas pelas principais instituições governamentais (mudanças climáticas, aumento populacional e a escassez dos recursos hídricos), garantir a segurança alimentar de uma população crescente exigirá estratégias e melhorias que visem o aumento da produtividade. Objetivou-se identificar atributos do meio e das plantas de soja que as tornem tolerantes ao déficit hídrico e que possibilitem o incremento da produção em ambientes semi-áridos do nordeste do Brasil. Tendo em vista que a maioria dos grandes países produtores de soja são compostos em sua maior parte de territórios áridos e semiáridos, e decorrente às atuais mudanças climáticas, existe uma forte tendência de que novas áreas possam estar se tornando áridas e semiáridas. As soluções para enfrentar o estresse decorrente do déficit hídrico imposta à soja em ambientes áridos e semiáridos precisam estar relacionados ao melhoramento fisiológico, morfológico e genético que auxiliem no enfrentamento desse estresse. Aumento das raízes, maior eficiência na fixação de nitrogênio, controle na condutância estomática e o uso eficiente da água por parte da planta são alguns dos desafios que a engenharia genética deverá responder para o desenvolvimento de uma variedade de soja tolerante ao déficit hídrico. Mais estudos que visem encontrar respostas capazes de solucionar o déficit hídrico na soja devem ser conduzidos.