Research, Society and Development, 5(10), p. e16510514773, 2021
No Semiárido brasileiro (SAB), a pecuária extensiva é predominante, onde alimentação dos animais é dependente da vegetação nativa, que devido a variabilidade climática não supre a necessidade dos rebanhos. Para contornar esse problema, a seleção de espécies de plantas forrageiras adaptadas ao clima Semiárido pode reduzir os impactos promovidos pelas adversidades climáticas sobre a pecuária. Nesse contexto, uma cultura que merece destaque é a palma forrageira, que devido ao seu metabolismo e características morfológicas, apresenta elevada produção de biomassa, sobretudo, em ambientes com elevadas temperaturas e déficit hídrico. De forma a incrementar a produtividade dessa cultura, face a variabilidade climática e as condições dos recursos hídricos existentes no SAB, a adoção de práticas de resiliência agrícola, como a agricultura biossalina, pode ser uma alternativa viável, proporcionando sustentabilidade ao sistema. Nesta revisão, objetivou-se fornecer uma visão geral da capacidade de produção de diferentes clones de palma forrageira cultivadas em ambiente semiárido sob agricultura biossalina, como forma de incrementar o aporte de forragem aos sistemas de produção dessa cactácea. Essa revisão baseou-se em periódicos disponíveis em plataformas digitais como ScienceDirect, Scorpus, SciELO e Google Scholar, priorizando artigos publicados nos últimos 10 anos. Concluiu-se que as mudanças climáticas devem afetar a pecuária e que sistema de produção com agricultura biossalina, associado aos melhores genótipos de palma forrageira é uma alternativa promissora para a produção de forragem no SAB.