Published in

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Caderno de Geografia, 65(31), p. 546, 2021

DOI: 10.5752/p.2318-2962.2021v31n65p546

Links

Tools

Export citation

Search in Google Scholar

Diagnóstico dos Casos de Dengue nas Capitais do Nordeste do Brasil entre 2000 e 2017

This paper is made freely available by the publisher.
This paper is made freely available by the publisher.

Full text: Download

Question mark in circle
Preprint: policy unknown
Question mark in circle
Postprint: policy unknown
Question mark in circle
Published version: policy unknown
Data provided by SHERPA/RoMEO

Abstract

Este trabalho avaliou o número de notificações de dengue nas capitais do Nordeste do Brasil (NEB), entre os anos de 2000 e 2017. Para isto, utilizaram-se dados mensais do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) submetida à avaliação da estatística descritiva e exploratória. Além disso, avaliou-se o número de ocorrências com anos de ocorrência de eventos do El Niño-Oscilação Sul (ENOS). De acordo com os resultados da estatística descritiva, o número total de notificações foi de 834 mil notificações de dengue durante o período analisado, dos quais 33,3% (278389 casos, e média ± Desvio Padrão de 1288,8 ± 2485,0 casos) ocorreram em Fortaleza. Em termos de totais anuais, Fortaleza reaparece como a cidade com os maiores números de notificações de dengue, com 39423 casos em 2016, seguida de Recife e Salvador com 35028 casos e 27282 casos, ambas em 2002. Em Fortaleza, as notificações de dengue ultrapassam 20 mil casos anuais, em 6 dos 18 anos analisados. Notou-se uma possível relação entre o número de notificações com os eventos de ENOS, especialmente entre os anos de 2002 (Recife e Salvador) e 2016 (João Pessoa) durante o El Niño, e nos anos de 2008 (Aracaju) e 2010-2012 (Fortaleza, Maceió, São Luís e Teresina), durante o La Niña. Em termos mensais, verificou-se que o maior número de notificações ocorreu no fim do verão e outono (entre os meses de Março e Junho), durante o período chuvoso, com destaque para Fortaleza, que notificou em média 12 mil notificações, com pico em Maio, com 4,6 mil notificações. Grande parte destas notificações está associada a fatores ambientais associadas ao adensamento urbano desordenado e infra-estrutura inadequada que resultam na proliferação do mosquito.