Research, Society and Development, 9(10), p. e18010917793, 2021
A hipertensão é uma doença cardiovascular de elevada prevalência entre a população de idosos, representando um fator de risco expressivo de morbidade e mortalidade. A partir do conhecimento empírico, grande parte desta população usa as plantas medicinais para tratamento de enfermidades, como a hipertensão. Objetivou-se identificar na literatura, as principais plantas medicinais com potencial anti-hipertensivo utilizadas por idosos no tratamento da hipertensão, destacando a importância da atenção farmacêutica na terapêutica. A pesquisa foi realizada no Scielo, BVS, PubMed e Google Acadêmico no período entre 2011 e 2021, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram selecionados 45 artigos e escolhidas 7 espécies de plantas medicinais com potencial anti-hipertensivo. Allium sativum, Camellia sinensis, Cymbopogon citratus, Ginkgo biloba, Hibiscus sabdariffa, Panax ginseng e Zingiber officinale, apresentaram ações farmacológicas no controle da hipertensão. O uso indiscriminado, destas espécies, pode provocar efeitos adversos como desconfortos gástrico intestinais, hepatotoxicidade e cefaleia, eventos hemorrágicos e cardiovasculares. Além disso, as espécies, Ginkgo biloba, Hibiscus sabdariffa, Panax ginseng e Zingiber officinale apresentaram interações medicamentosas com medicamentos antiplaquetários e/ou anticoagulantes e antiepilépticos. Diante dos riscos apresentados, principalmente em idosos, a atenção farmacêutica representa uma ferramenta em potencial na terapêutica, evidenciados no acompanhamento farmacoterapêutico, orientação na forma do preparo, coleta e armazenamento das plantas medicinais, facilitador de adesão do tratamento, educador e prescritor na prevenção de doenças crônicas como a hipertensão, promovendo o uso racional das plantas medicinais com propriedade anti-hipertensivas.