A atrofia mandibular ocorre em virtude de diversos fatores como periodontite, lesões periapicais, perda dentária precoce, uso de próteses mal adaptadas que promovem a reabsorção óssea ao longo do tempo. Esta condição proporciona fragilidade à estrutura óssea remanescente e susceptibilidade á fraturas. As fraturas de mandíbula atrófica configuram-se um desafio ao Cirurgião Buco-Maxilo-Facial em virtude de diversas peculiaridades no manejo do tratamento e reabilitação oral. O tratamento de escolha para pacientes com fratura de mandíbula atrófica é o cirúrgico, que objetiva reduzir e imobilizar os segmentos da fratura, de modo a restaurar a estética e a função. Deste modo, uma avaliação individualizada deve ser realizada na busca da melhor biomecânica do material de osteossíntese a ser utilizado, pois uma adequada estabilidade pode ser conseguida através de diversos métodos de fixação. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de um paciente do gênero masculino, vítima de acidente com animal de grande porte evoluindo com fratura bilateral de corpo de mandíbula atrófica. Optou-se pela realização do tratamento cirúrgico da fratura com simplificação dos cotos ósseos da fratura com uso de miniplacas e posterior instalação de placa do sistema load-bearing evoluindo no período pós-operatório sem intercorrências.