Research, Society and Development, 12(9), p. e9691210709, 2020
Introdução O Diabetes mellitus do tipo 1 (DM1), é considerado uma doença autoimune, crônica, multifatorial, que envolve a destruição progressiva das células β das ilhotas pancreáticas, sendo estas responsáveis pela produção de insulina, resultando assim na perda da produção e secreção da mesma. Estima-se que mais de 30 mil brasileiros sofram desta patologia. Três mecanismos são responsáveis pela destruição destas células: suscetibilidade genética, autoimunidade e fatores ambientais. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi realizar um levantamento acerca das principais perspectivais de cura desta doença utilizando o sistema CRISPR/Cas9. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica com buscas nas bases eletrônicas nacionais e internacionais na língua portuguesa e inglesa. Resultados: Visto que esta patologia ainda não possui cura, apenas tratamento, o sistema CRISPR/Cas9 surge como uma terapia promissora, assim como a terapia com células-tronco mensenquimais pluripotentes (MSC), as quais possui a funcionalidade, principalmente, de reparação e sobrevivência de células β das ilhotas pancreáticas, as MSCs possuem a capacidade de modificação do microambiente das áreas de lesão pancreática, anulando a destruição autoimune contra as células β podendo restaurar a normoglicemia do paciente. Conclusão: Tendo em vista que esta é uma patologia de cunho genético, o CRISPR/Cas9 associado a terapia com células mensenquimais pluripotentes vem se mostrando como uma ferramenta versátil e eficaz no tratamento do DM1. No entanto, faz-se necessárias novas pesquisas capazes de induzir estratégias para o melhoramento de alterações genéticas e maior eficiência do efeito terapêutico.