Universidade do Estado do Rio de Janeiro, DEMETRA: Alimentação, Nutrição and Saúde, (15), p. e47367, 2020
DOI: 10.12957/demetra.2020.47367
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Introdução: O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) é uma prática alimentar fundamental para a promoção da saúde materno-infantil. Porém, os índices para o AME no Brasil ainda se encontram abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Objetivo: Analisar os fatores que interferem na duração do aleitamento materno de crianças situadas na Região Metropolitana do Cariri cearense. Método: Estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa, realizado na Região Metropolitana do Cariri cearense. A amostra foi composta por 177 crianças entre seis e 23 meses de idade. Os dados foram coletados por meio de questionários, contendo informações a respeito das condições socioeconômicas e demográficas da família e da saúde infantil. As análises estatísticas foram realizadas com o software Statistical Package for the Social Sciences, procedendo-se a análise descritiva dos dados e aplicação do teste Qui-Quadrado. Razões de Chance (RC), intervalo de confiança de 95% (IC95%) e respectivos valores de p foram calculados pela regressão logística multinominal. Resultados: O tempo médio para o AME foi de 4,33 (±1,98) meses. Somente 38,9% das crianças avaliadas foram amamentadas, exclusivamente, até os seis meses de vida. Na análise de regressão logística multivariada verificou-se maior chance de tempo de AME adequado nas famílias com <1/4 salário mínimo (RC: 2,270 IC95% 1,104 - 4,666, p= 0,026). Conclusão: O AME, nos municípios avaliados, ainda é insatisfatório de acordo com as recomendações preconizadas pelas entidades de saúde. A baixa renda per capita foi o fator determinante para uma adequada prática do AME na vida dos lactentes.