Research, Society and Development, 11(9), p. e85791110464, 2020
O Brasil é um dos poucos países no mundo com um programa bem estruturado de monitoramento da resistência do Aedes aegypti, principalmente aos organofosforados. Neste contexto novas alternativas vêm sendo propostas como a utilização de bioinseticidas, como a espécie Philodendron bipinnatifidum, nativa da Mata Atlântica. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade larvicida dos extratos brutos do caule, fruto, folha e pecíolo de P. bipinnatifidum sobre as larvas do terceiro estágio de A. aegypti. Metodologia: Os extratos brutos foram obtidos a partir do caule, fruto, folha e pecíolo de P. bipinnatifidum de exemplares localizados no município de Prudentópolis-PR. A técnica de obtenção dos extratos foi por maceração dinâmica com renovação do solvente (álcool 96ºGL). A atividade larvicida foi realizada pela técnica de imersão larval, utilizando larvas do terceiro estágio de A. aegypti, nas concentrações que variaram de 200,0 a 0,4 mg/mL. Resultados: Os extratos do caule, fruto, folha e pecíolo apresentaram atividade larvicida sobre o A. aegypti com CL50 (concentração letal de 50%) de 78,9 mg/mL, 46,6 mg/mL, 65,8 mg/mL e 51,8 mg/mL, respectivamente, evidenciando que os extratos brutos do fruto e pecíolo mostraram maior potencial larvicida. Conclusão: Estes resultados estimulam o isolamento das biomoléculas presentes no extrato, visando o desenvolvimento de produtos para o controle deste culicídeo.