Journal of Health & Biological Sciences, 1(8), p. 1, 2020
DOI: 10.12662/2317-3076jhbs.v8i1.3181.p1-6.2020
Introdução: a intermitência ou deficiência da oferta de água pode ser considerada uma condição de vulnerabilidade para a reprodução do Aedes aegypti. Objetivo: avaliar a efetividade do uso de capas para proteção de reservatório de água, como estratégia de controle do Aedes aegypti. Metodologia: estudo de intervenção não controlado, realizado entre os anos 2015 e 2016, em um bairro do município de Riachão do Jacuípe, localizado na macrorregião centro-leste do estado da Bahia, Brasil. A coleta de dados aconteceu em quatro momentos: visita inicial para avaliação da necessidade de capas e pesquisa de larvas nos reservatórios existentes, seguida de três visitas para monitoramento e inspeção dos reservatórios de água beneficiados com as capas protetoras. O tratamento químico foi aplicado, quando necessário. As visitas foram realizadas durante nove meses, com intervalos de 45 a 60 dias. O estudo foi aprovado pelo CEP/UNEB, Parecer número 1.066.424, CAAE 33095114.0.0000.0057. Resultados: foram pesquisados 273 reservatórios de água (capacidade de 200L, 250L, 500L e 1000L) destes, 87,2% permaneceram com as capas em todas as três visitas de monitoramento. Entre os que apresentaram larvas de mosquitos, incluindo Aedes aegypti, 55,6% não apresentavam capa ou estavam dispostas de maneira inadequada. Observou-se, também, incremento de positividade da presença de larvas entre aqueles que se encontravam com capas colocadas, adequadamente, no momento da visita. Conclusão: a aplicação de capas de poliéster em reservatórios de água como estratégia de controle vetorial pode não ser efetiva se não ocorrer uma vigilância constante sobre o uso correto.