Research, Society and Development, 11(9), p. e57391110159, 2020
Foi realizada uma revisão integrativa com o objetivo de identificar os determinantes sociais da saúde atrelados aos casos do Vírus da Imunodeficiência Humana e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) em crianças e em adolescentes descritos nos estudos ecológicos. A pesquisa foi norteada pela estratégia PICo: Qual a relação entre os casos de HIV/AIDS em crianças e em adolescentes acerca dos determinantes sociais da saúde descritos nos estudos ecológicos nacionais? A busca ocorreu no mês de janeiro de 2020, nas seguintes bases de dados: SciELO, LILACS, BDENF, MEDLINE, PubMed e Google Acadêmico, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foi identificado um artigo que compôs a amostra do estudo, e os resultados apontaram a relação dos determinantes sociais da saúde frente aos casos de HIV/AIDS, considerando os indicadores: a) epidemiológicos (sexo, idade, ano do diagnóstico/notificação, bairro de residência); b) socioeconômicos apresentados por proporção (de pessoas responsáveis pelo domicílio; de moradias adequadas; de pessoas na faixa da pobreza (com renda de até meio salário mínimo); de pessoas analfabetas (número de pessoas acima de 15 anos que não sabem ler e escrever em seu idioma de origem); de domicílios com banheiro de uso exclusivo ou sanitário e de domicílios com sete ou mais moradores). Este estudo evidenciou correlação dos determinantes sociais da saúde “pobreza” e “analfabetismo” com a incidência de HIV/AIDS em crianças e, além disso, que tais vulnerabilidades sociais podem ser fatores de risco para a transmissão vertical da infecção. Elenca-se a necessidade da realização de mais pesquisas científicas sobre a temática.