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Anais do CIPCEn: Congresso Internacional de Produção Científica em Enfermagem, 2020

DOI: 10.24281/rremecs.2020.10.02a03.cipcen.146

Research, Society and Development, 11(9), p. e5459119804, 2020

DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9804

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De braços vazios, nos braços da dor: Perda gestacional e neonatal

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Abstract

O objetivo deste estudo consiste em identificar os sentimentos e as reações da mulher frente ao processo de luto gestacional e neonatal. E compreender qual a percepção da mulher quanto ao seu papel biológico e conjugal após a perda do filho. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com abordagem qualitativa, realizada por meio da busca de artigos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com o auxílio das seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Center for Biotechnology Information (PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), e Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC). Os critérios de inclusão compreendem pesquisas entre os anos de 2004 a 2020. Como critérios de exclusão, não foram considerados artigos mediante a recompensação monetária, incompletos e não convergentes com este estudo. Para o levantamento dos dados e composição deste estudo, foram analisados 10 artigos. Os resultados evidenciam os sentimentos perturbadores mais frequentes de mulheres frente ao processo de luto. A gestação representa a concretização de um sonho para a mulher, sonho que transforma-se em pesadelo quando a gravidez não avança. Concluímos que, a perda gestacional ou neonatal é um dos lutos mais complexos e de menor validação social. Estamos falando que, em um momento de vida há morte. A incontinuidade da vida fica escancarada, nenhuma mulher que engravida, está psicologicamente preparada para sofrer uma perda, seja ela de que natureza for, constituindo um período de crise, gerador de grande sofrimento e dificuldades adaptativas.