Research, Society and Development, 11(9), p. e46091110106, 2020
A sífilis em gestantes persiste no Brasil, no período entre o ano de 2005 a junho de 2016, foi notificado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, um total de 169.546 casos de sífilis em gestantes, com maior índice na região Sudeste. O não tratamento adequado da sífilis pode gerar um aumento do problema de saúde pública, com internações hospitalares, gastos públicos e aumento do índice da sífilis congênita no Brasil. O objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil da mulher gestante internada no setor de Acolhimento e Classificação de Risco. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal. Foi utilizado o Programa R® versão 3.5.1. Realizou-se a análise estatística através da confecção de testes de hipótese para realização de inferências fidedignas; matematicamente prováveis e confecção de gráficos para elucidação da distribuição das variáveis. Optou-se por adotar 0,05 como nível de significância. Quanto aos resultados e discussões obteve-se maior incidência de gestantes com sífilis na faixa etária entre 20 a 29 anos, com escolaridade até o ensino fundamental completo e de raça negra. Os dados analisados nesta pesquisa permitiram caracterizar o perfil das mulheres ao momento do diagnóstico da sífilis com a escolaridade, a idade, a raça, as que realizaram e não realizaram pré-natal, e com que as fizeram e não fizeram o tratamento. Percebe-se que a falta de adesão à educação tem forte influência nas vidas dessas mulheres no que tange a sífilis em gestantes.