Objetivo: descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com lesão por pressão internados em um hospital universitário. Método: estudo descritivo com 122 pacientes com lesão por pressão internados em um hospital universitário, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019. Os dados foram coletados nos prontuários dos pacientes e no banco de dados do Serviço Assistencial de Cuidados com a Pele. Utilizou-se estatística descritiva para análise dos dados. Resultados: as lesões por pressão predominaram entre adultos e idosos, pardos, que estudaram até o ensino fundamental e não possuíam companheiro. Houve semelhança entre os sexos. Os pacientes possuíam, principalmente, doença infecciosa, uma ou mais comorbidades, alteração nutricional, incontinência mista e utilizavam terapia nutricional, mas não apresentavam dermatite associada à incontinência e histórico de tabagismo. A maioria dos pacientes foi classificada como risco alto de lesão por pressão. O estudo totalizou 237 lesões, sendo a maior parte adquirida antes da internação, não classificável, localizada na região sacrococcígea, tratada topicamente com hidrogel com alginato e hidrocoloide, e não cicatrizada no momento da alta hospitalar. Conclusão: o estudo descreveu aspectos importantes da caracterização das lesões por pressão, assim como das pessoas acometidas por esse grave problema de saúde, o que pode otimizar as ações de prevenção e tratamento.