Universidade Comunitária Regional de Chapecó, Magazine FisiSenectus, 1(8), p. 122-132, 2020
DOI: 10.22298/rfs.2020.v8.n1.5475
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Introdução: A principal forma de tratamento para o câncer de próstata é a prostatectomia radical que, apesar das técnicas mais modernas, ainda traz sequelas como a incontinência urinária (IU), para as quais a fisioterapia emerge como solução, e tendo a eletroestimulação como um recurso disponível para tratamento. Objetivo: Verificar os efeitos da eletroestimulação no tratamento da IU após a prostatectomia. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos publicados em língua portuguesa, a partir de buscas nas bases de dados Scielo (Scientific Eletronic Library Online), PubMed (Medline), Lilacs (Medline) e PEDro. Foram incluídos estudos que utilizaram a aplicação da eletroestimulação em homens com IU pós-prostatectomia radical, publicados entre os anos 2006 e 2016, na língua portuguesa, espanhola e inglesa. Foram excluídos os estudos que foram realizados em animais e revisões. O processo de seleção do estudo envolveu a triagem dos títulos e leitura dos resumos, após a qual, os artigos potencialmente relevantes foram obtidos no texto completo, para uma análise mais aprofundada dos critérios de elegibilidade. Resultados: Apenas cinco artigos se encaixaram aos critérios de inclusão e exclusão; todos apresentaram uso da eletroestimulação no tratamento da IU; nenhum descreveu a técnica como adjuvante proprioceptivo das primeiras fases do tratamento. Conclusão: A eletroestimulação funcional do assoalho pélvico tem efeitos benéficos no tratamento da incontinência urinária pós prostatectomia radical, quando associada ao treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Usada de forma isolada auxilia na propriocepção e aprendizagem da contração dos músculos do assoalho pélvico, e no tratamento da instabilidade do detrusor.