Revista Enfermagem UERJ, (28), p. e49421, 2020
DOI: 10.12957/reuerj.2020.49421
Objetivo: descrever o uso das tecnologias de cuidado da enfermeira obstétrica qualificada na modalidade de residência e sua relação com a práxis profissional. Método: estudo qualitativo com 13 enfermeiras obstétricas atuantes em duas maternidades públicas do Rio de Janeiro, Brasil. Dados coletados por entrevista individual, semiestruturada e análise hermenêutica-dialética. Resultados: a transição do modelo intervencionista estrutura-se no cuidado humanizado com a incorporação de um modelo centrado nas boas práticas e nas tecnologias não invasivas de cuidado da enfermeira obstétrica. A práxis da enfermeira obstétrica contribui para a transformação qualitativa deste cenário, com resgate sobre a fisiologia, o fortalecimento de vínculo e empoderamento da mulher, ressignificando o momento do parto. Conclusão: a prática da enfermeira e o uso das tecnologias não invasivas constituem possibilidades para ruptura do modelo hegemônico culturalmente instituído no Brasil, sendo necessária ainda a constituição de um consenso que supere o senso comum.