Fundacentro, Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, (45), 2020
DOI: 10.1590/2317-6369000016420
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Resumo Objetivos: descrever o absenteísmo relacionado a casos suspeitos (com infecção respiratória aguda) e confirmados da COVID-19 e a outros diagnósticos entre bombeiros de Minas Gerais, Brasil. Métodos: foram analisados os registros oficiais sobre afastamento do trabalho por problemas de saúde (licença-saúde). A análise foi organizada em: 1) gráficos estratificados por grupo de diagnóstico; 2) análises descritivas da proporção de licenças-saúde e do percentual de dias de trabalho perdidos por infecção respiratória aguda; 3) comparação (qui-quadrado) da proporção de licenças-saúde e do percentual de dias de trabalho perdidos por infecção respiratória aguda e por outros diagnósticos entre 2019 e 2020. Resultados: a análise gráfica mostrou um padrão regular de licenças-saúde antes do início da pandemia, um pico de licenças-saúde por infecção respiratória aguda após o início da pandemia e um novo padrão de licenças-saúde após o período de pico. A proporção de licenças-saúde e o percentual de dias de trabalho perdidos por infecção respiratória aguda aumentaram, respectivamente, 312% e 580% em 2020. Em contraste, o percentual de dias de trabalho perdidos por outros diagnósticos diminuiu 16%. Conclusão: a mudança no perfil de absenteísmo entre bombeiros reflete o vínculo formal de emprego, as políticas institucionais e a percepção de risco sobre a COVID-19.